Tudo o que vem à rede é peixe

28
Nov 09
(Como se tivesse sido escrito por um homem de hoje em dia)

Do que sabia mulha ren non sei,

polo mundo, que vej´assi andar;

e, quand´i cuido, ei log´a cuidar,

per boa fé, o que nunca cuidei:

ca vej´agora o que nunca vi

e ouço cousas que nunca oi

           

Pero Gómez Barroso
Poeta medieval português

 

 

De todo cuanto supe, nada sé,

de acuerdo a como veo que va el mundo;

lo que yo pienso tengo que volverlo a pensar

igual que si nunca yo lo hubiese pensado:

pues ahora veo lo que nunca vi

y oigo cosas que nunca oí.

 

Tradução de Cesar Antonio Molina

Obrigado DaPaBa!

 


04
Mai 09

Ah, seja como for, seja por onde for, partir

Largar por aí fora, pelas ondas, pelo perigo, pelo mar

Ir para Longe, ir para Fora, para a Distância Abstrata

Fernado Pessoa                     

publicado por RiViPi às 23:21

04
Abr 09

 

Clique na imagem para descarregar o livro (Rapidshare)

 

publicado por RiViPi às 16:02

08
Mar 09

No princípio dos princípios, o mundo era só de mulheres. Elas lavravam, caçavam, construíam e a vida florescia. Os seres humanos, como a flora, nasciam do solo. Bastava semear uma aboboreira e as abóboras abriam-se como ovos de galinha, deixando sair as mulheres mais lindas do planeta. Um dia, uma das mulheres caçou um ser estranho. Parecia gente, mas não tinha mamas. Tinha cabelo no queixo e, contrariamente aos outros bichos, tinha uma cauda curta à frente e não atrás. Prenderam aquele ser e levaram-no à rainha. A rainha olhou, espantou-se. Mandou lavar aquele animal e trazê-lo para junto dela. O animal tinha magia. Só o olhar dele provocava umas massagens concêntricas no coração, no peito, na mente. Quando lhe tocava, o sangue corria e o coração batia. A rainha deu por si a executar a dança da lua e da cobra com os lábios suspirando poemas nunca antes recitados. Da cauda do animal cresceu uma serpente, tímida, violenta, que derrubou a rainha à procura de um abrigo para esconder a cabeça. Encontrou um subterrâneo, entrou de imediato e se escondeu. A rainha estremeceu e rendeu-se. Soltou o primeiro suspiro de amor e descobriu que o animal era, afinal, um homem. Ela começou a engordar, a engordar e nunca mais conseguiu caçar. Passado um tempo, um filho nasceu.

O animal foi ao seu reino e falou da sua descoberta. Afinal ele também era rei. Convidou os seus para uma expedição àquele país de maravilhas. Os homens vieram, colonizaram todas as mulheres e instalaram-se como senhores. Foi assim que surgiu o primeiro amor e o primeiro ódio. Recebidos com amor, roubaram o poder às mulheres e por isso foram condenados a caçar cada vez mais longe e a trabalhar cada vez mais para sustentá-las.

Paulina Chiziane in O Alegre Canto da Perdiz

27
Jul 08

Distinguido escritor brasileiro João Ubaldo Ribeiro

 

Lisboa, 26 Jul (Lusa) - O escritor brasiliro João Ubaldo Ribeiro foi hoje distinguido com o Prémio Camões 2008, o mais importante galardão atribuído a autores de língua portuguesa.

É o oitavo escritor brasileiro a ser distinguido com este prémio, que na sua edição anterior foi para o português António Lobo Antunes.

Instituído pelos governos português e brasileiro em 1988, o Prémio distingue, anualmente, um autor que, pelo conjunto da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua portuguesa.

Este ano, o vencedor foi escolhido por um júri de que fazem parte Maria de Fátima Marinho, professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Maria Lúcia Lepecki, professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Marco Lucchesi, escritor e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ruy Espinheira Filho, escritor, jornalista e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), João Meio, poeta e jornalista angolano, e Corsino Fortes, diplomata e presidente da Associação de Escritores Cabo-verdianos.

Miguel Torga inaugurou em 1989 - o primeiro ano da atribuição do prémio - a lista dos vencedores.

Desde então, foram distinguidos nove autores portugueses, oito brasileiros, um moçambicano e dois angolanos. Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau não viram ainda qualquer dos seus escritores premiado.

ARP/NVI/RMM.

Lusa/Fim

 

 Sociedade de Autores pede a júri que justifique limitação a brasileiros

TSF - O vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) aplaudiu, este sábado, a atribuição do Prémio Camões a João Ubaldo Ribeiro, mas estranhou a decisão do júri de nesta edição apenas avaliar escritores brasileiros.
 

De Ubaldo Ribeiro, José Jorge Letria distinguiu a capacidade de «combinar a inovação no processo narrativo com um olhar muito interventivo e atento da realidade contemporânea».

Para o vice-presidente da Direcção da SPA, o escritor brasileiro «representa a verdadeira ponte cultural entre duas realidades transatlânticas», sublinhando que a atribuição do Prémio foi «justa» e que Ubaldo Ribeiro «há muito a merecia».

Letria considerou ainda que a distinção veio «num bom momento», uma vez que Portugal assumiu sexta-feira a presidência da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Quanto à decisão do júri de só analisar no concurso deste ano escritores brasileiros, apelou a que sejam apresentadas as razões para este «regime de excepção».

«Se não forem apresentadas razões parece-me injustificável. Em abstracto não me parece haver justificação. Espero que o júri apresente razões. Não me parece aceitável esse regime de excepção», comentou em declarações à agência Lusa.
 

 

Vídeo: O escritor, e vencedor do Prémio camões, falou aos jornalistas no final da cerimónia de entrega do galardão, para lembrar os escritores brasileiros esquecidos

 

 

 

publicado por RiViPi às 00:48

16
Dez 07

Biografia

Nascido numa família de classe média católica, aos sete anos Paulo Coelho ingressa em um colégio jesuíta da então capital do Brasil.

No fim da década de 1960, adere ao movimento hippie, quando conhece Raul Seixas, de quem se torna parceiro em diversas músicas que exercem influência no rock brasileiro (embora muitas fontes aleguem que Raul Seixas era quem compunha sozinho, mas colocava sempre o nome de Paulo). Participa então da dita "Sociedade Alternativa" e compõe para diversos intérpretes, tais como Elis Regina, Rita Lee e Rosana Fiengo.

Seu fascínio pela busca espiritual, que data da época em que, como hippie, viajava pelo mundo, resultou numa série de experiências em sociedades secretas, religiões orientais, etc. A edição do seu primeiro livro foi em 1982, Arquivos do Inferno, que não teve repercussão desejada. Lançou o seu segundo livro O Manual Prático do Vampirismo em 1985, que logo mandou recolher considerando o trabalho de má qualidade. Conforme suas próprias palavras, confessa: “O mito é interessante, o livro é péssimo”.

Em 1986, Paulo Coelho fez a viagem de peregrinação pelo Caminho de Santiago. Percorreu quase 700 quilômetros a pé do sul da França até a cidade de Santiago de Compostela na Galiza, experiência que relata em detalhes no livro O Diário de um Mago, editado em 1987. No ano seguinte, publicou O Alquimista, que - apesar de sua lenta vendagem inicial, o que provocou a desistência do seu primeiro editor - se transformaria no livro brasileiro mais vendido em todos os tempos; O Alquimista é um dos mais importantes fenômenos literários do século XX. Chegou ao primeiro lugar da lista dos mais vendidos em 18 países, e vendeu, até o momento, 41 milhões de exemplares.

Nos anos subseqüentes foram lançados os seguintes livros : Brida [1] (1990), As Valkírias [2] (1992), Nas Margens do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei [3] (1994), Maktub [4] (1994), O Monte Cinco [5] (1996), Manual do Guerreiro da Luz [6] (1997), Veronika Decide Morrer [7] (1998), O Demônio e a Srtª Prym [8]Histórias para Pais, Filhos e Netos (2001), Onze Minutos [9] (2003), O Gênio e as Rosas (2004), O Zahir [10] (2005) e A Bruxa de Portobello (2006).

Como escritor, apesar das críticas, ocupa as primeiras posições no ranking dos livros mais vendidos no mundo. vendeu, até hoje, um total de 92 milhões de livros, em mais de 160 países, tendo suas obras traduzidas para 66 idiomas e sendo o autor mais vendido em língua portuguesa de todos os tempos, ultrapassando até mesmo Jorge Amado, cujas vendas somam 54 milhões de livros.

Sua penúltima obra, O Zahir, foi lançada primeiramente no Irã, para que lá pudesse ser registrada como obra local e que fossem processados aqueles que fizessem cópias ilegais do livro em língua persa. Para escrever O Zahir, Paulo Coelho instalou-se por uma temporada no Casaquistão, país onde a obra se desenvolve.

No fim de 2006 o autor lançou seu mais novo livro A Bruxa de Portobello, que figura na lista dos mais vendidos no Brasil desde então. A história é construída apenas por depoimentos das personagens fictícias, respeitando a parcialidade de cada uma.

Paulo Coelho escreve seus livros em um apartamento na Avenida Atlântica, no Rio de Janeiro, e possui uma casa para retiro na França, na região dos Pireneus.

Em 2007, Paulo Coelho fez uma partipação na novela Eterna Magia, representando Mago Simon, representação humana do grande Dagda, deus supremo da mitologia celta.

 

Academia Brasileira de Letras

Não deixou de causar grande surpresa a eleição, em 25 de julho de 2002, de Paulo Coelho para a Academia. A instituição tinha um histórico de rejeitar autores de sucesso, ditos "populares" - e dela ficaram fora Drummond, Vinícius, Mário Quintana e outros tantos autores reconhecidos.

Mas o autor, que se candidatara outras vezes, foi eleito em 25 de julho de 2002 na sucessão de Roberto Campos e recebido em 28 de outubro de 2002 pelo Acadêmico Arnaldo Niskier como o oitavo ocupante da Cadeira nº 21 cujo patrono é Joaquim Serra.

 

Críticas

Apesar de sua popularidade, Paulo Coelho é também alvo de fortes críticas de vários segmentos da sociedade, que abarcam tanto o mérito espiritual quanto literário de sua obra. Algumas opiniões desaprovam os seus livros e os qualificam como "literatura esotérica de auto-ajuda". Muitos de seus textos possuem erros de concordância e gramaticais, muitas vezes corrigidos em edições posteriores ou em sua versão para outros idiomas - minimizando a crítica estrangeira. A falta de fidelidade quanto aos fatos torna-se evidente quando cotejados com situações verídicas, como o transpor de distâncias não factíveis no tempo determinado quando em peregrinação. A mesma crítica também contesta seu ingresso na Academia Brasileira de Letras.

Mensageiro da Paz

Em setembro de 2007, a ONU nomeou o escritor Paulo Coelho seu novo Mensageiro da Paz, ao lado da princesa jordaniana, Haya, do maestro argentino-israelense Daniel Barenboim e do violonista americano Midori Goto. O anúncio foi feito durante a cerimônia de comemoração do Dia Internacional da Paz na sede da ONU em Nova Iorque presidida pelo secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon.

"Aceito com gosto esta responsabilidade e me comprometo a fazer o máximo para melhorar o futuro desta e das próximas gerações", declarou o escritor brasileiro ao saber de sua nomeação. Os Mensageiros da Paz são designados pessoalmente pelo secretário-geral das Nações Unidas, com base em seu trabalho em campos como artes plásticas, literatura ou esporte, e seu compromisso de colaborar com os objetivos da ONU.

 

Obras do autor

Outros trabalhos

Adaptações
Músicas com Raul Seixas
  • Eu nasci há dez mil anos atrás
  • Gita
  • Al Capone
  • Sociedade Alternativa
  • A maçã
  • Medo da chuva
  • Eu também vou reclamar
  • As minas do Rei Salomão
  • Tu és o MDC da minha vida
  • Como vovó já dizia (óculos escuros)
  • Não pare na pista
  • Tente outra vez

Principais prêmios e condecorações

  • “I Premio Álava en el Corazón" (Espanha, 2006)
  • “Wilbur Award” (Estados Unidos, 2006)
  • Premio Kiklop pelo O Zahir na categoria “Hit of the Year” (Croácia, 2006)
  • Premio “DirectGroup Inrternational Author” (Alemanha 2005)
  • “Goldene Feder Award” (Alemanha, 2005)
  • “The Budapest Prize” (Hungria, 2005)
  • “Order of Honour of Ukraine” (Ucrânia, 2004)
  • "Order of St. Sophia" (Ucrânia, 2004)
  • “Nielsen Gold Book Award" pelo O Alquimista (Inglaterra, 2004)
  • Premio “Ex Libris Award” pelo o livro Onze Minutos (Serbia, 2004)
  • Premio “Golden Bestseller Prize” do jornal "Večernje Novosti" (Serbia, 2004)
  • Oficial de Artes e Letras (França, 2003)
  • Premio Bambi de Personalidade Cultural do Ano (Alemanha, 2001)
  • Premio Fregene de Literatura (Itália, 2001)
  • "Crystal Mirror Award" (Polônia, 2000)
  • "Chevalier de L'Ordre National de la Legion d'Honneur" (França, 2000)
  • “Golden Medal of Galicia” (Espanha, 1999)
  • "Crystal Award" World Economic Forum (1999)
  • "Comendador de Ordem do Rio Branco" (Brasil, 1998)
  • Finalista para o "International IMPAC Literary Award" (Irlanda, 1997)
  • "Golden Book" (Yugoslavia '95, '96, '97, '98)
  • “Super Grinzane Cavour Book Award” (Itália, 1996)
  • "Flaiano International Award" (Itália '96)
  • "Knight of Arts and Letters" (França '96)
  • "Grand Prix Litteraire Elle" (França/95)
  • "Mensageiro da Paz, pela ONU (2007)
Fonte: www.wikipedia.com

Video: Paulo Coelho na SIC
Descrição: Paulo Coelho no programa da SIC: Cartaz  Cultural.


Video: Como tudo começou.
Descrição: Paulo Coelho, ou Mago Simon, narra a história.


publicado por RiViPi às 21:27

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