Amália Rodrigues faleceu há dez anos mas conseguiu atingir a imortalidade através do Fado. Ao ponto que é impossível falar do Fado sem falar de Amália. Levou esse estilo bem português aos quatro cantos do mundo e encantou-os. Transportou esse sentimento que o fado carrega para outros idiomas. Representou-nos e não nos defraudou. Compreender Amália é comprrender o Fado e compreeder esse sentir dos portugueses. Amália não era uma pessoa triste. Os portugueses não são pessoas tristes. Que fique claro. Temos, sim, uma maneira muito própria de expressar os nossos sentimentos. Essa incompreensão levará ao inevitável esteriótipo.
O Bom Português nunca esquecerá aquela troca de sorrisos quando Amália veio à varanda saudar os estudantes numa manisfestação contra a agora inexistente PGA (Prova Geral de Aferição). E apetece-me dizer que "todos nós temos a Amália na voz. E temos na sua voz a voz de todos nós". Um adeus eterno e uma eterna saudade.