A selecção espanhola protagonizou uma grande exibição e voltou a golear os russos, desta vez por 3-0. Vinte e quatro anos depois a equipa de Luis Aragonés volta à final de um Europeu, agora frente à Alemanha.
Pedro Miguel Neves | ||||||
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A Espanha está na final do Euro-2008, após vencer a Rússia por 3-0, esta noite, em Viena. Desde 1984 que a selecção do país vizinho não atingia uma fase tão adiantada da competição. O resultado final (3-0) não deixa dúvidas quanto à melhor equipa em campo. Luís Aragonés decidiu apresentar o mesmo 'onze' que tinha jogado frente à Itália. E foi a Espanha quem entrou mais forte na partida, com uma pressão intensa no meio campo adversário. A Rússia que deslumbrou frente à Holanda não aparecia no relvado de Viena, com os pupilos de Guus Hiddink a sentirem muitas dificuldades para travar o ímpeto espanhol. Aos 6 e 11 minutos, Torres e Villa, respectivamente, criaram os primeiros lances de muito perigo junto à baliza de Akinfeev. Só perto da meia hora de jogo é que a Rússia conseguiu aparecer no jogo e criar problemas à bem organizada defesa espanhola.
E as melhores ocasiões de golo na primeira parte pertenceram mesmo a Pavlyuchenko. O avançado do Spartak Moscovo quase marcou, aos 31 minutos, e voltou a assustar o guarda-redes Casillas aos 36. Até ao intervalo, apenas a registar a lesão de David Villa, que foi substituído por Fabregas.
A Espanha não acusou a saída do melhor marcador do Euro-2008 e voltou a entrar em cima do adversário para os segundos 45 minutos. Não demorou muito até aparecer o primeiro golo do jogo. Iniesta trabalha sobre o lado esquerdo do ataque, efectua um remate que sai em jeito de cruzamento e Xavi aparece a desviar na cara de Akinfeev. Um golo merecido, pois a Rússia continuava a não conseguir encontrar um fio de jogo que lhe permitisse atacar com perigo a baliza adversária.
Com uma Rússia irreconhecível pela frente, os espanhóis continuaram a dominar o encontro, e nesta fase nem de contra-ataque a selecção de Leste conseguia chegar com perigo à baliza contrária.
Fabregas espalha classe
O jogo só tinha um sentido e foi por isso com naturalidade que a Espanha chegou ao 2-0, aos 73 minutos. Uma assistência fantástica de Fabregas para a finalização de classe de Güiza, que estava em campo apenas há quatro minutos, no lugar de Torres. Até final, mais do mesmo: a Espanha a controlar e mais uma vez a chegar ao golo. Fabregas voltou a efectuar um passe decisivo, desta vez para o remate com êxito de Silva.
Depois de ter goleado os russos por 4-1 na fase de grupos (a 10 de Junho), a Espanha voltou a levar a melhor no encontro das meias-finais, e outra vez por números contundentes. Assim, 24 anos depois de terem perdido com a França de Platini, por 2-0, os espanhóis voltam a poder discutir o título de melhor equipa da Europa. A Rússia fica pelo caminho depois de ter protagonizado, provavelmente, a melhor exibição deste Euro-2008, no jogo dos quartos-de-final frente à Holanda.
Alemanha e Espanha decidem o vencedor do Euro-2008 no próximo domingo (19h45, TVI) em Viena. |
Fonte: http://clix.expresso.pt