Esta é, em resumo, a façanha de Raoul Wallenberg:
Este diplomata sueco (também arquitecto e empresário), com sucesso profissional e pessoal (a sua namorada era actriz de cinema), tinha quase 32 anos quando foi enviado, por vontade própria, a Budapest por organizações judaicas dos Estados Unidos numa missão de alto risco para resgatar o maior número possível de judeus.
Ele fez assim um caminho sem reviravolta.
Pouco depois de chegar foi vigiado e perseguido pelas autoridades nazis de ocupação. Morava cada noite numa casa diferente para não ser localizado. Durante o dia a sua actividade era frenética. Dedicava-se a procurar refúgios aos perseguidos e a dar-lhes documentos de identidade suecos. Com ajuda de outros diplomatas estrangeiros, entre eles o embaixador espanhol Sanz Briz, arriscava a sua vida cada dia; salvando mesmo muitas pessoas no último minuto dos comboios que iam para os campos de extermínio.
Assim conseguiram salvar milhares de vidas até o 17 de Janeiro de 1945, quando as tropas soviéticas libertaram Budapest. No entanto, inexplicavelmente, foi detido e desapareceu até hoje em dia.
Uma lápide sobre a tumba de Aristides de Sousa Mendes (herói português na França ocupada e salvador de muitas vidas) com as palavras do Talmud "Quem salva uma vida, salva o mundo" - embora R.W. tenha perdido a sua - resume a vida destes chamados, pela comunidade judaica "Justos entre as nações", e os seus nomes estão representados pelas árvores plantadas em sua memória no Museu do Holocausto (Yad Vashem) em Jerusalem.
David P. B., aprendente de português língua estrangeira (Nível Elementar)
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